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Jardins Verticais

Atualizado: 19 de abr. de 2023

Sua importância nos dias atuais.


Você sabe o que é um jardim vertical (JV)? Suas vantagens e desvantagens? Quais os tipos que existem? Vamos discorrer um pouco sobre esse fantástico tipo de jardim, que se bem feito, pode trazer muita diversidade para ambientes extremamente urbanizados.


Saiba que JV não é algo novo e seus primeiros exemplares são datados de 600 a.C., conhecidos como os Jardins Suspensos da Babilônia.


Atualmente são fundamentais para otimizar espaços verdes em locais urbanos e possuem diversos benefícios, como:

  • Redução das ilhas de calor, criando um microclima no seu entorno;

  • Aumento da umidade relativa do ar, através da transpiração das plantas;

  • Retenção de poluentes, formando uma barreira física e através da fotossíntese;

  • Estímulo à biodiversidade local, atraindo por exemplo as abelhas Jataí, espécie sem ferrão que se encontra em risco de extinção;

  • Tornando o ambiente biofílico, aproximando as pessoas à natureza.


Por definição, o jardim vertical constitui todas as formas de crescimento da vegetação em uma superfície delimitada verticalmente (SHARP et al., 2008), ou seja, toda vegetação que cresce sobre uma estrutura vertical é considerada JV.


Alguns modelos de plantio utilizados no paisagismo, para crescimento deste tipo de Jardim são:

  • Vasos plásticos meia cuia, presos diretamente na parede ou amarrados em treliças;

  • Estruturas plásticas pré-moldadas com sistema de irrigação embutido;

  • Painéis de feltro com bolsos para o plantio;

  • Trepadeiras plantadas diretamente no solo, guiadas em estruturas verticalizadas.


Vale ressaltar que para um JV profissional, são necessárias estruturas e materiais próprios, e o paisagista deve atentar-se ao modelo mais adequado, ponderando o quanto seu cliente está disposto a investir e a qualidade da estrutura que será utilizada.


Para que o jardim vertical seja bem-sucedido e com pouca manutenção, é necessário um planejamento prévio, sempre de olho nos fatores ambientais e estruturais que são decisivos para o sucesso do projeto, como por exemplo:


Local

Observar o local onde o jardim será montado, reparando nos detalhes específicos para a estrutura escolhida, como por exemplo: Necessidade de impermeabilização da parede, existência de um ponto de água próximo com pressão adequada, pontos de fixação da estrutura escolhida, existência de tubulação passando no muro, exposição a ventos fortes ou ar condicionado.

Iluminação

O local precisa receber iluminação natural, mesmo que indireta. A escolha das espécies deve ser embasada no tipo de iluminação que a área recebe. Normalmente são segmentados como meia sombra ou sol pleno, mas a atenção no período em que incide luz no local e como essa luz recai sobre as plantas, ajudará nessa escolha.


Irrigação

O sistema de irrigação em um jardim vertical é essencial e quanto maior for o jardim, mais difícil é mantê-lo irrigado manualmente. Como os vasos são pequenos, a água drena e evapora rapidamente, exigindo regas recorrentes. É importante prever o sistema condizente com os fatores ambientais, como por exemplo, é recomendado borrifos nas folhas em ambientes com baixa umidade relativa do ar.

Adubação

Vale destacar a importância da adubação periódica, que pode ser desde a reposição manual de substrato, até a fertirrigação programada, realizada diretamente pelo sistema de irrigação. Algumas estruturas possuem compartimentos para colocar fertilizantes sólidos de liberação lenta, uma boa opção intermediária, que mantem as plantas nutridas com uma menor recorrência de manutenções.

Para que não seja excedido os valores de adubação ou para que o sistema não fique deficitário, recomenda-se que consulte algum profissional especializado, pois a adubação pode variar bastante.


Escolha das espécies

Na escolha das espécies existem muitas opções já testadas e que se adaptam muito bem ao ambiente vertical, alguns exemplos são os Philodendrons (Família Araceae de modo geral), Bromélias, Ripsális, Peperômias, Columéias, Asparagus, Orquídeas, Lantanas, Evolvolos, Gerânios, etc. Esses são exemplos de gêneros que apresentam boa resistência. Uma dica importante é compartilhar as especificações do ambiente com o fornecedor, para que ele possa sugerir as melhores opções de espécies para o local.


Seguindo as dicas dadas acima e as demandas recorrentes de manutenções, as chances de que seu JV seja bem-sucedido aumentam consideravelmente. Manutenções sempre existirão, remoção de folhas secas, reposição de uma planta ou outra que não se adaptou bem, enfim, procedimentos necessários em qualquer tipo de jardim.



Imagem capa: Projeto e obra por Lilian Casagrande


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